A gerente industrial e farmacêutica da Real H, Luciana Real, representou o Grupo Real na quinta-feira (5), durante o debate “A Indústria Sul-Mato-Grossense no Mercado Global de Carbono e Bioenergia”. O encontro integrou o evento “Engenharia e Transição Verde: Inovação, Energia e Sustentabilidade no Mato Grosso do Sul”, realizado no auditório da Faculdade SENAI da Construção, em Campo Grande (MS). Além disso, a atividade fez parte do XXX Demi Carbono Neutro 2025, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável.
A participação de Luciana Real destacou o compromisso do Grupo Real com a inovação sustentável e a transição energética. Durante o painel, ela apresentou iniciativas que visam reduzir emissões de carbono e estimular o uso da biotecnologia como ferramenta de eficiência produtiva e ambiental.
Além disso, a apresentação contou com representantes do SENAI-MS, Santa Casa e M-Truck, que relataram as oportunidades de Mato Grosso do Sul no mercado global de carbono e bioenergia. Dessa forma, o encontro reforçou a importância da colaboração entre os setores produtivos e institucionais para acelerar a economia verde.
O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da ABEMEC no YouTube, o que ampliou o alcance das discussões. Engenheiros, pesquisadores e gestores públicos acompanharam as apresentações.
Por outro lado, as falas também abordaram o papel da engenharia nacional na descarbonização industrial e no fortalecimento da economia verde.
Enquanto isso, os participantes destacaram o protagonismo de Mato Grosso do Sul na agenda de sustentabilidade, bem como os avanços tecnológicos dos setores sucroenergético e de celulose. Assim, o estado se consolida como uma referência nacional em inovação ambiental.
Engenharia como motor da transição verde
O XXX Demi Carbono Neutro 2025 reafirmou o protagonismo do Brasil na transição verde, apresentando soluções inovadoras em energias renováveis. Dessa forma, mostrou como a engenharia nacional tem contribuído para reduzir custos, aumentar a eficiência produtiva e gerar impacto positivo no meio ambiente.
Além disso, os debates ressaltaram a independência industrial brasileira, enquanto destacaram os setores sucroenergético e de celulose como pilares da economia sul-mato-grossense. Portanto, o evento reforçou a necessidade de alinhar tecnologia, ciência e sustentabilidade.
Objetivos e destaques do evento, foram:
- Valorizar a engenharia nacional e suas soluções tecnológicas para a transição verde;
- Fortalecer a integração entre os setores sucroenergético e de celulose;
- Evidenciar o impacto dos biocombustíveis e das energias renováveis na economia;
- Promover o avanço da industrialização local e o uso de tecnologias nacionais;
- Impulsionar parcerias entre empresas, startups, universidades e governo;
- Posicionar Mato Grosso do Sul como referência em bioenergia e celulose;
- Consolidar o Brasil como líder mundial na produção de biogás, biomassa e biodiesel.
Desse modo, o evento cumpriu seu papel de conectar conhecimento técnico e inovação industrial com práticas sustentáveis. Consequentemente, fortaleceu o posicionamento de Mato Grosso do Sul como polo verde e tecnológico.
Programação técnica do evento
As atividades começaram às 8h, com a abertura oficial. Em seguida, o Eng. Dr. Willian Pereira Gomes (ISI Biomassa Três Lagoas) apresentou “Soluções Tecnológicas para Descarbonização Industrial”.
Logo depois, o Eng. Luís Felipe Braga Colturato abordou “O Setor Sucroenergético e o Biometano na ADECOAGRO”, enquanto o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), representado por Edgard Soares Pinto Neto, discutiu o uso de “Fluidos Refrigerantes Ecológicos” no setor de ar-condicionado.
Durante a manhã, também se destacaram Fabio Rubens Soares, com “Gases: RSU e seus Desafios”; Valdemir Antônio Laura (Embrapa Gado de Corte), com “Gases de Efeito Estufa na Pecuária de Corte”; e Zezão, especialista em biodigestores, com a palestra online “Biodigestor de Bovinos”.
Após o debate, mediado pelo Eng. Ramão Jardim, os participantes fizeram uma pausa para o almoço, o que permitiu networking e troca de experiências entre profissionais do setor.
Painéis e mais conteúdos técnicos
No período da tarde, Luciano Figueiredo (Instituto Totum) apresentou “Instrumentos de Mercado para Descarbonização de Empresas”.
Em seguida, o Eng. Marco Aurélio Candia Braga discutiu “Desafios e Oportunidades para o Brasil”, e o Eng. André Canuto falou sobre os impactos dos combustíveis B15 e E30 na economia estadual.
Outros temas incluíram:
- “Engenharia Nuclear e o Potencial do Centro-Oeste”, com Prof. Giovanni Laranjo (COPPE/UFRJ);
- “Carbono Neutro para Todos”, com Enga. Caroline Jerke;
- “O Papel da AGEMS na Transição Energética”, com Matias Gonsales Soares;
- “Marcos Regulatórios para Energias Renováveis”, com Daniela Giacobbo;
- e “O Biogás e sua Integração com o GNV”, apresentada por Pericles Pinheiro Filho.
Desse modo, o evento apresentou uma ampla variedade de temas voltados à inovação e sustentabilidade, consolidando o debate sobre o futuro energético do país.
Grupo Real em destaque
A gerente industrial e farmacêutica da Real H, Luciana Real, abriu o painel “A Indústria Sul-Mato-Grossense no Mercado Global de Carbono e Bioenergia”, apresentando os projetos sustentáveis da empresa.
Entre as iniciativas, destacou-se o reaproveitamento de água da chuva e a logística circular, na qual os produtos seguem da cidade para as fazendas e retornam com materiais recicláveis recolhidos das famílias rurais.
Além disso, o projeto conta com a participação de paróquias e comunidades locais, e também mais de 230 famílias em Campo Grande e outros representantes em diversas regiões do país.
Batizado de “Ciclos”, o programa foi desenvolvido pela própria Real H e tem atraído instituições e empresas interessadas em aprender e replicar o modelo em suas realidades. Enquanto isso, os debates reforçaram o papel do setor produtivo como protagonista na agenda de inovação, biotecnologia e sustentabilidade em Mato Grosso do Sul.
O projeto será apresentado pelo Diretor de Sustentabilidade da FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Robson Del Casale, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (Cop30 Amazônia) na próxima semana, em Belém (PA).
Por fim, o encerramento ocorreu com o painel “O Mato Grosso do Sul como Referência Mundial em Energias Renováveis – Desafios e Projeções para 2030”, mediado pelo Eng. Marco Aurélio Candia Braga, e com a participação de Mamiule de Siqueira, da Secretaria Executiva de Meio Ambiente.
Engenharia como vetor da sustentabilidade
Ao longo do evento, ficou evidente o papel da engenharia como vetor da sustentabilidade. As discussões mostraram que, quando pesquisa, indústria e gestão pública atuam de forma integrada, é possível transformar Mato Grosso do Sul em referência mundial em energias renováveis e soluções sustentáveis até 2030.







